Algumas empresas desconhecem a importância de desenvolver sites com acessibilidade. Essa falta de informação de compradores e desenvolvedores de tecnologia faz com que muitas pessoas com deficiência deixem de ter acesso a certos tipos de páginas da web. A plataforma pode ser construída de maneira simples e sem altos custos, afirmam especialistas na área.
Pessoas com deficiência visual para acessar conteúdos fazem uso de um programa responsável por vocalizar o texto da página, porém este não permite a interpretação das imagens. Esse problema pode ser solucionado através de algumas medidas simples como: usar textos alternativos a fotos e evitar a inserção detecnologias que necessitam de interação e interpretação estritamente visual. No desenvolvimento devem ser evitados alguns recursos de Flash, Captcha, Ajax e textos embutidos em imagens.
Não só por parte de desenvolvedores, mas quem produz o conteúdo e os insere em páginas da web também deve pensar em ajudar o usuário através da inserção de legendas em links e imagens, por exemplo.
Informações do GGI (Comitê Gestor da Internet) em 2011 mostrou que em média 4,5% dos sites públicos no país podem de fato ser considerados como acessíveis. Já o Censo de 2010 revelou que 23,9 % dos brasileiros (45,6 milhões de pessoas) possuem algum tipo de doença mental, motora, auditiva ou visual (esses correspondem a 35 milhões com dificuldade em enxergar, mesmo com a correção dos óculos, e 529 mil são cegos).
Agora informado que não custa caro e não é uma coisa impossível de fazer, vamos às dicas!
Criar sites com acessibilidade, não é só aumentar as chances de alcance do seu negócio, mas uma alternativa para ajudar pessoas com dificuldade em acessar plataformas comuns a outras pessoas.
Se a sua empresa já possui um site e deseja adaptá-lo para portadores de necessidades especiais talvez a melhor alternativa seja criar outro site. No entanto, não é uma regra geral e dependerá de cada projeto. De acordo com especialistas, a melhor forma de desenvolver um site acessível é criá-lo do zero. Porém, se o seu site já foi construído tendo como base alguns padrões da W3C com CSS, Tabless, Whatever e XHTML é diferente. Ao desenvolver esses padrões a W3C (Consórcio Word Wide Web) já havia pensado em melhorar e permitir o acesso desses usuários. Mas o W3C quando desenvolveu essas tecnologias também pensou nos desenvolvedores e tornou a construção mais fácil de fazer.
Sites governamentais exigem uma plataforma acessível
No entanto, antes de pensar em tudo isso é necessário focar no público alvo. Isso definirá a quem será direcionado o site, os padrões e o conteúdo. Ou seja, partindo disso será avaliado estratégias como o uso de fontes maiores para idosos, um site mais colorido para crianças e para os deficientes visuais o uso de programas de leitura de tela que sejam acessados com mais facilidade. Se o projeto a ser pensado consiste em um grande portal, que atende a todos os públicos é preciso analisar qual é o alcance de usuários e qual a técnica a ser empregada.
Com sites que já existem e estão no ar será preciso realizar uma enquete com os usuários e avaliar quais os obstáculos, as sugestões e necessidades. Uma recomendação ao fazer a enquete é realizar um cadastro dos usuários de forma que eles possam ser atraídos por alguns benefícios como sorteios de prêmios, descontos ou promoção.
No caso de empresas grandes, é essencial verificar se a mesma não possui uma política de acessibilidade. Converse com sua equipe e verifique se setores como o de Recursos Humanos tem em mente ações voltadas para esse fim. Sejam essas de necessidades especiais, ou ainda na adaptação da organização para os funcionários que possuem necessidades especiais ou para receber futuros com tais especificidades. Se essa for à demanda, pode ser que eles já tenham um cronograma e normas a ser respeitados.
Sites governamentais possuem regras e normas, por exemplo, de cumprimento para tornar páginas da web acessíveis. Isso deve ser detalhado, pois certas tecnologias não devem ser aplicadas.